segunda-feira, 16 de julho de 2012


Somos o que nos tornamos, o que pedimos ao universo para ser.
Somos quem encontramos, quem imaginam e não quem a gente quer ser.
Somos nossos amores, os poucos abraços que demos na vida.
Somos o beijo falso, o beijos amado, o olhar distraído a mão suada que escorrega na outra mão.
Somos ansiedade desse mundo egoísta, machista, feminista, mundo repleto de istas nada positivistas.
Somos como nos vêem e não quem achamos ser.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Entre tempo e dedos.

Conto nos dedos todos os dias o tempo que ainda tenho.
E ainda me falta tempo para tantos dedos.
Tempo das realizações que eu esperava, tempo de perdão,
o tempo para criar, tempo para sorrir, rir e chorar de rir.
Me falta tempo para tudo que eu quero, me falta tempo
para querer melhor, para fazer melhor.
Sobram dedos, dedos que eu não quero mais contar
que eu quero só para pintar as unhas, apertar,
mexer, pegar. Dedos só para ser.Ter.
Quero tê-los para me sentir confusa, somar, subtrair, multiplicar e dividir.
Mas o que eu quero mesmo é tempo. Tempo de tempo  mesmo. Sabe?
Tempo para tudo o que é bom, tempo de contar, mas de contar histórias
De correr para não perder o final da novela, ou, para contar a novidade - aquela que de tão nova, tão nova,
você tem medo de esquecer.
Quero mais tempo para confusão, para tirar o fôlego.
Tempo para destruir a rotina que me fadiga, me embaraça.
Tempo p'ra ter tempo.
Que é p'ra escolher direito, fazer direito, viver como quem ele não tem.