De me perder em meio ao meu próprio labirinto. De morrer antes do final. De viver a morte de alguém.
De me perder no caminho, caminho que esqueci de marcar.
Medo de voltar de onde vim sem histórias, sem um final estranho que me faça rir. Medo de que nada dê certo e tudo que me fortalece comece a desaparecer...
Medo. Medo. Medo.
Do que não conquistei, do que deixei pra trás. Da manhã de sol, da chuva que me molha mesmo quando estou embaixo do guarda chuva. Do cara mau encarado e do bonzinho que fala baixo. Da conta que chega, da luz que clareia meu quarto e da sombra consequente dela.
Medo do que ouço e sinto ser verdade. Do que me cobre de razão sem um preço por isso.
Medo do que eeu posso ser daqui a três anos do rumo que a vida leva, da vida que vou levar as histórias que terei para contar e até do livro que vou ler.
Medo da vida que eu tenho, que me leva a vida que vou ter.
Laís Pedersane