Talvez eu vôe.Um dia.
Talvez realize o que tenho idealizado ou não.
Talvez o sol não chegue mais em mim, a porta do meu quarto não se abre sozinha...
A água da chuva molha não só os meus pés mais os braços da madeira que segura o refúgio que inventei.Refúgio meu que agora indiferente em minha vida transpira por atenção enquanto a chuva molha meus pés sugerindo que eu volte para casa.
Mas ela não sabe que lá eu era infeliz eu não podia ser quem eu sou.
Eu era o silêncio que a casa pedia, nela as palavras eram sinônimo de tempestade.Não chuva. Tempestade.
Tempestade que fez de mim o que eu não queria ser.Maldição que carrego comigo para me manter infeliz porque não sei ser outra figura, já comprei albuns, albuns de todas as cores, formatos que agora estão guardados sem resultado algum com o bônus da certeza de que para casa eu não volto(
Laís Pedersane