quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Suicídio

A morte veio à mim como quem nada queria
Sentou-se a mesa, bebemos um drink. Acordo fechado.
Sem pestanejar a Dona entrou no assunto. Começou a perguntar.
Não deixei que a morte responde-se isso era trabalho p'ra mim.
Comecei; - De todos os meus assuntos já "meus" intitulados
supostamente seriam meus, mas você não me permite, faz de mim
uma anta - que carrega com ela bagagem alheia sem poder esbravejar.
Ela insistiu, mas eu em nome dos meus últimos momentos resolvi continuar.
Se tive medo do escuro não foi em você que vi um porto seguro. Porto seguro não agride,
não escorraça, não tem razão. Porto seguro é colo, refúgio - braços de amor e inspiração
De você só tenho facadas, traumas, desilusão.
Agora que tenho respostas - um pouco clichê, porém fora do padrão
Nada lhe interessa. Já não tinha vida, ao menos depois disso já não vou ter com razão.


Laís Pedersane