quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Meu romance


 Se eu pudesse escrever, meu romance teria páginas em branco porque as surpresas tem gosto de batata frita com coca-cola num dia quente de verão.


Laís Pedersane

Tempo

Como argila sou moldada pelo tempo. Sou criatura, sou fogo, sou vento, manancial, alento.
Divino é o tempo que não se vende, não para por ninguém. Que esnoba a quem convém.
E não ha lágrimas que o façam parar, não ha sorriso que ele pare para admirar.
Tempo conhecedor de todas as coisas, ouvidor, locutor de inúmeros conselhos
Ele que traz da primavera ao inverno do choro a alegria
Do desentendimento ao perdão ou não.
Tempo viajante de terras não habitadas, desconhecidas
Tempo que canta, dança, silencia.
Tempo administrador de sentimentos
Tempo que adormece em mim o que não foi esquecido.


Laís Pedersane

Certeza incerta.

Só sei que esta passando muito rápido e eu não queria estar perdendo isso tudo.
Só sei que podia acabar logo, só assim a ansiedade me libera,  me deixa seguir em paz.
Eu só queria...já não sei se quero mais.


Laís Pedersane

sábado, 18 de setembro de 2010

Tumulto vital

Tenho medo. De não terminar o que ainda não comecei.
De me perder em meio ao meu próprio labirinto. De morrer antes do final. De viver a morte de alguém.
De me perder no caminho, caminho que esqueci de marcar.
Medo de voltar de onde vim sem histórias, sem um final estranho que me faça rir. Medo de que nada dê certo e tudo que me fortalece comece a desaparecer...
Medo. Medo. Medo. 
Do que não conquistei, do que deixei pra trás. Da manhã de sol, da chuva que me molha mesmo quando estou embaixo do guarda chuva. Do cara mau encarado e do bonzinho que fala baixo. Da conta que chega, da luz que clareia meu quarto e da sombra consequente dela.
Medo do que ouço e sinto ser verdade. Do que me cobre de razão sem um preço por isso.
 Medo do que eeu posso ser daqui a três anos  do rumo que a vida leva, da vida que vou levar as histórias que terei para contar e até do livro que vou ler.
Medo da vida que eu tenho, que me leva a vida que vou ter.

Laís Pedersane

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Meu equívoco

Pesco em meio a tantos pensamentos e ilusões; - Meu pior devaneio foi seguir o maior inimigo do homem o coração.


Laís Pedersane

Sem querer.

Sem querer que me digam pergunto qual o melhor caminho
Sem pedir conselho quero saber o que é bom e qual a hora exata de partir
Se o mundo fora da minha janela é seguro. É bonito.
Sem ter a quem perguntar sigo o caminho que me convem
sem ter de onde partir continuo me encaixando na brecha dos sentimentos alheios
Sabendo que o mundo já deteriorado, não mais como antes não mais como imaginei
Continuo na mesma, na mesmíssie da esperança quase sucumbida se quer mencionada
E sem precisar de respostas descobri que vagamos em direção oposta, em direção oposta seguimos
a esperança e eu.

Laís Pedersane

Escrava de mim

 Porque sou escrava dos meus desejos, da minha pouca ambição, escrava dos defeitos que conquistei e das qualidades que expus. Sou cria dos meus fracassos de tudo que me põe p'ra baixo porque o que me colocava p'ra cima eu não acredito mais.


Laís Pedersane