domingo, 8 de abril de 2012

Meu Bem, Meu Mal.

É sério que nem sempre é por querer
É sério que foi sem querer que eu gostei de você, e comecei a gostar de verdade. É sério!
É sério que sinto a sua falta e não digo p'ra  não perder, p'ra não perder o costume
de não amar ninguém por inteiro, p'ra não perder o costume de não dizer o que penso
p'ra não me arrepender depois. E é aí que eu me arrependo.
De não dizer o que era p'ra ser dito, de controlar minhas emoções, os bons impulsos.
É ai que eu perco na vontade de dar continuidade ao que me faz bem. Só porque não sei me doar,
não aprendi a amar, não aprendi a brincar de ser feliz.
Quando a gente cresce - por incrível que pareça - continua brincando do jeito que aprendeu na infância.
Continua se auto regulando da mesma forma que era regulado pelos  pais. Percebi isso a pouco e estou me colocando do avesso, que é p'ra me descobrir sem censura, viver o que é bom de viver, sonhar com o que quiser sonhar e me ensurdecer para os que pregam obstáculos nas nossas vidas.
É sério que quase me proibi de gostar de você, mas eu já estava me aprontando p'ra ser feliz, me moldando p'ra o que devia ser.
Quis acompanhar o destino por gosto. Pude ver a doçura nos olhos de quem não via, apreciar o sorriso mais bonito a minha frente. E virando do avesso vivi conseqüências, agora sofro mas é com o aperto no peito quando você vai embora, é com  um sobe e desce de alegria no estômago, com a boca cansada de tanto sorrir das suas bobeiras, sofro por não ter dado chance a mais tempo para essa felicidade. 
E é desse mal que tenho sofrido desde que te conheci, o mal de ser feliz.
Laís Pedersane